Reunindo ensino, extensão e pesquisa, o projeto Favelas.BR se constitui a partir da parceria entre a UNILA e a Central Única das Favelas (CUFA) e oferece meios, estrutura e estratégias para que as lideranças comunitárias constituam, mantenham e alimentem um acervo histórico digital da favela, com site próprio, constituído por documentos escritos, imagéticos e audiovisuais sobre a história viva de cada comunidade. Num segundo momento, Favelas.BR trabalhará com a difusão e apropriação dos acervos pela comunidade para a produção de conteúdos culturais, pedagógicos e artísticos – editoriais, podcasts, musicais, grafites, audiovisuais etc. – sobre a história e a atualidade das favelas. Por fim, o projeto constituirá uma metodologia de pesquisa, de acervo e de produção de conteúdos que será difundida para outras comunidades de favelas do Brasil.
Favelas.BR tem como eixo a superação da invisibilidade histórica dessas comunidades, resgatando a importância das favelas e de seus moradores como sujeitxs da história local, regional e nacional. Favelas.BR é um marco de inovação social, na medida em que trabalha com a formação de lideranças capacitadas tecnologicamente – em bancos de dados e sites –, com a formação de produtores de materiais pedagógicos, culturais e artísticos nas comunidades, e de educadores qualificados para trabalhar com esses materiais.
Como projeto de inovação tecnológica e social de caráter permanente, Favelas.BR está constituindo fontes regulares de recurso e parcerias sólidas de acompanhamento e desenvolvimento. A partir da parceria com a CUFA/Paraná, por meio do Sr. José Antonio Campos Jardim, atual presidente da entidade e líder da Fundação Lemann, o projeto está sendo desenvolvido nas maiores favelas do estado: Bubas, Foz do Iguaçu; Ouro Verde, Ponta Grossa; Bratac, Londrina; Parolin, Curitiba. Em cada uma dessas comunidades e cidades, constituímos uma equipe de pesquisadores formada por moradores e universitárixs, ou moradores universitárixs, numa cooperação entre as lideranças comunitárias, organizadas em torno da CUFA, e as universidades locais. Para a concepção de acervos comunitários, iniciamos uma parceria com o Dr. Jean Camoleze, coordenador de acervos da Casa do Povo, do Movimento dos Sem Terra (MST) e da Fundação Sueli Carneiro. Para o desenvolvimento e acompanhamento técnico dos bancos de dados e do site que abrigarão os acervos históricos das favelas, estamos em contato com a empresa hacklab https://hacklab.com.br/.
O financiamento duradouro do projeto está sendo articulado com as redes associadas a Fundação Lemann https://fundacaolemann.org.br/, como o Programa de Estudos Brasileiros da Universidade de Harvard, por meio de seu diretor o Sr. Tiago Genoveze, e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), Brasil, com sua diretora a Sra. Rosabelli Coelho-Keyssar. Ambos manifestaram interesse em financiar Favelas.BR, com a contrapartida de um aporte inicial feito por uma agência de pesquisa e/ou universidade brasileira. Estabelecemos, ainda, um contato com o Instituto Ibirapitanga, por meio de sua diretora, Iara Rolnik, que fez sugestões e indicou algumas estratégias de captação (em fundações como a Tite Setúbal, Opens Society Foundation, Ford Foundation, Oak Foundation, Instituto Galo da Manhã, entre outros) e desenvolvimento do projeto.
Estudantes de graduação e pós-graduação
Universidades públicas; favelas e centros comunitários; lideranças comunitárias
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