O contato com a natureza é fundamental à qualquer ser vivo. Pesquisas atestam que integração com o verde melhora a qualidade de vida e saúde das pessoas. Essa necessidade emocional de contato foi nomeada de biofilia. Passamos 99,99% de nossos cinco milhões de anos de evolução em meio à natureza. Vivendo em meio a áreas verdes, as células de defesa do organismo aumentam, há diminuição no cortisol, batimentos cardíacos e pressão arterial, e menos problemas psicológicos (como depressão). A luz natural estimula o correto funcionamento do sistema circadiano e sistema visual, reduz o nível de substâncias relacionadas ao stress, contribui para a atenção, produtividade e estimula a produção de vitamina D, propicia efeitos psicológicos positivos. Pelas características do corpo humano e sua evolução, identificamos o natural como algo belo e enriquecedor do ambiente construído. Do ponto de vista da sustentabilidade, reduz a necessidade de energia elétrica para iluminação e, consequentemente, evita impactos ambientais desnecessários. No entanto, esse contato com o natural está se reduzindo, a população aumenta e logo as edificações sombreiam umas às outras em cidades densas e verticalizadas. Vivemos uma vida supostamente moderna que nos escraviza, onde a relação entre a pessoa e sua casa é semelhante à entre o pássaro e sua gaiola. A Vila C, localizada cidade de Foz do Iguaçu, apresentava em sua composição original, terrenos relativamente amplos que poderiam permitir acesso farto à luz natural, plantio de árvores e manutenção dos indivíduos existentes, colaborando para a sustentabilidade e qualidade de vida e sendo ou permitindo uma intervenção biofílica. No entanto, as casas eram para ser provisórias e não houve atento ao conceito e partido arquitetônico, muito menos biofilíco. Não houve atento à plástica da arquitetura, ao conforto ambiental, ao bem estar das pessoas. Com o tempo os terrenos foram sendo subdivididos e a densidade construtiva aumentando, o que contribui para a insalubridade através do sombreamento, humidade, e falta de ventilação. Então, a Vila C carece de intervenções que tragam ao espaço, tanto público quanto privado, tanto na paisagem quanto na casa, a natureza em suas diversas formas como vegetação, luz natural, ar fresco, animais. Carece do belo e, consequentemente, do natural. Este projeto de extensão tem por objetivo principal fazer analises detalhadas e propostas de intervenções biofílicas no âmbito do conjunto arquitetura-paisagem-urbanismo na Vila C. Os objetivos do projeto de extensão se alinham aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. Após divulgação do projeto de extensão, serão selecionados os locais (casas e logradouros públicos de entorno), feito registro fotográfico e entrevistas com moradores para desenvolvimento das propostas para atender às diretrizes da biofilia e expectativas dos moradores. Os resultados obtidos das análises e propostas serão enviados à prefeitura municipal de Foz do Iguaçu e demais órgãos competentes na expectativa de abrir frente para futuros trabalhos de intervenção na Vila C e/ou outros locais, em uma parceria universidade-prefeitura, em prol da qualidade de vida das pessoas e do planeta, em uma simbiose harmônica.
Professores, alunos bolsistas e/ou voluntários, alunos participantes de ações vinculadas à esse projeto (como cursos e oficinas) e demais interessados da comunidade universitária (técnicos, terceirizados, etc.).
Comunidade externa à universidade (moradores das casas selecionadas).
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