A escola é um espaço em que as variantes linguísticas entram em contato e conflito em decorrência da diversidade de falantes que trazem consigo, traços particulares de sua convivência com a família, amigos e culturas. Contudo, ao ensinar a língua institucionalizada, nem sempre são consideradas e respeitadas essas diversidades linguísticas-culturais. Prática que, de certa modo, contribui para uma aprendizagem deficitária da língua, uma vez que os discentes acabam não desenvolvendo avanços linguísticos conforme o almejado institucionalmente, ou seja, domínio e uso da língua padrão. Nesse sentido, este projeto objetiva suscitar e promover a reflexão sobre a aplicação de perspectivas que envolvam práticas pedagógicas de português e suas variações linguísticas na ação docente, contribuindo para a ampliação da aquisição linguística dos alunos sob a ótica da Sociolinguística Educacional (Bortoni-Ricardo 2003, 2004, 2005; Zilles e Faraco 2015; Faraco 2007; Cyranka 2007; Correa 2007, 2009). Para tanto, o projeto contará com etapas metodológicas delineadas de maneira a realizar: um levantamento bibliográfico sobre a Sociolinguística Educacional; observação de campo (aulas de Língua Portuguesa); planejamento e aplicação de de propostas de produção textual visando a geração de textos reais para serem analisados sob a ótica da pedagogia da variação linguística; elaboração de material didático voltado ao docente e/ou ao discente; publicação e apresentação dos resultados obtidos; e como devolutiva à comunidade, serão realizados minicursos e/ou oficinas abertas aos docentes de Língua Portuguesa e Pedagogia, bem como aos acadêmicos destas licenciaturas, por meio de ações pedagógicas desenvolvidas e ministradas pelos integrantes da ação de extensão. Com base nesse paradigma, é possível visualizar a importância que a instituição educativa tem no processo de conhecimento e da aquisição da linguagem, uma vez que os professores são os mediadores entre a língua e os falantes. Portanto, espera-se que os integrantes do projeto, bem como, os participantes assistidos, ademais de "corrigir" as inadequações linguísticas, percebam a presença da variação linguística no discurso dos discentes, as transferências do oral para o escrito, as dificuldades de domínio das convenções da língua e que reflitam sobre o local e o cotidiano vivenciado pelos estudantes.
discentes voluntários e bolsista, discentes do curso de LEPLE
acadêmicos de cursos de letras e professores do munícipio
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