A dengue é uma doença provocada por um vírus transmitido por dois vetores, os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Os sintomas podem evoluir até se tornarem muito perigosos para as pessoas infectadas, podendo inclusive, provocar a morte dos indivíduos afetados. Complicando ainda mais o panorama, o mosquito tem preferência pelas populações humanas, situando-se perto ou mesmo dentro das vivendas. Além disto, o Aedes sp. É muito eficiente na transmissão de outros vírus, como os da Zika e Chicungunha, que recentemente passaram a ser doenças importantes na América do Sul. Para evitar a dispersão destas doenças, uma das medidas mais eficazes é a erradicação de focos de proliferação das larvas do Aedes aegypti e Aedes albopictus, tais como garrafas sem tampa, pneus e qualquer recipiente que possa acumular água parada. Outra estratégia importante é a conscientização a respeito do mecanismo de transmissão das doenças e da ecologia dos mosquitos. Apesar da importância destas doenças, a experiência mostra que até agora as campanhas contra o Aedes sp foram deficientes em algum aspecto, visto que as epidemias são quase inevitáveis nas condições mais favoráveis para a dispersão dos mosquitos (chuvas e temperaturas elevadas). Por este motivo, decidimos idealizar um enfoque interdisciplinar para abordar este problema de saúde pública. Inicialmente pretendemos formar uma equipe com proficiência no ciclo de vida, a coleta e classificação de indivíduos do gênero Aedes, formada por alunos da carreira de Ciências Biológicas e Biotecnologia. Esta equipe trabalhará em estreita colaboração com uma segunda equipe formada por alunos da carreira de Saúde Coletiva que trabalharão em escola (s) da rede pública municipal de Foz do Iguaçu capacitando os participantes na compreensão dos mecanismos de transmissão das doenças, na importância do monitoramento assim como da erradicação de focos de proliferação, a partir de visitas periódicas onde em uma serie de encontros serão abordados diversos aspectos da biologia e ecologia da doença. Os alunos da(s) escola(s) selecionada(s) poderão fazer visitas ao laboratório de biologia para se familiarizar com questões técnicas básicas e observação do ciclo de vida do vetor. Desta forma, os alunos das escolas terão uma visão geral do esquema de monitoramento do qual fazem parte. Em este sentido, nossa hipótese de trabalho é que o fato de ser uma parte fundamental do esquema de monitoramento fará com que os alunos (e consequentemente, as famílias e a comunidade em questão) se convertam em peças ativas no combate contra a doença.
Estudantes Extensionistas e TAEs
Estudantes do ensino fundamental
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