A proposta do Ciclo de debates intitulado Tecendo a esperança a partir dos lugares de existência é consolidar diálogos entre distintas coletividades e expressões territoriais (com seus respectivos modos de vida) que se desenvolvem na complexidade do mundo rural, mirando o seu fortalecimento comunitário. Com a participação de lideranças de diferentes países latino americanos, conversamos desde os lugares de existência sobre suas reivindicações pela manutenção de territórios, garantias socioambientais e direitos dos povos e comunidades tradicionais e campesinas. Dentro da perspectiva da extensão universitária de fortalecimento dos laços entre universidade e sociedade, a proposta se volta para uma maior compreensão sobre o espaço rural na América Latina e no Caribe enquanto expressão da diversidade de cosmovisões e étnica, a partir de debates com o protagonismo das representações das comunidades em situações de conflitos territoriais. Buscamos, a partir das experiências concretas apresentadas pelas representações comunitárias, trocar experiências sobre a autonomia que esses grupos têm criado a partir de mecanismos de auto sobrevivência que geram relações de reciprocidade com o ecossistema dos distintos territórios, frequentemente ameaçados pela lógica de consumo do desenvolvimento econômico e também refletir sobre os instrumentos de garantia de direitos que têm sido acessados atualmente.
Proposta de Mesa 1 (25 de agosto):
Tema: Conflitos territoriais, autonomia e auto-organização. Convidados programados: representante da Guarda Indígena (Colômbia) e representante zapatista (México) e Organização Nacional Campesina (Paraguai). Mediação: representante do Observatório Antropológico (Brasil).
Carga horária: 2 horas
Proposta de Mesa 2 (25 de outubro):
Conhecimentos contracoloniais e educação intercultural
Convidados programados: Representante da Multiversidade dos Povos da Terra (Pará, Brasil), Discente do curso de Licenciatura em Educação Campesina e Rural da Universidad de los Llanos (Meta, Colombia). Mediação: estudante do Ciesas (México)
Proposta de Oficina (novembro)
Tema: Conflitos territoriais e ação coletiva
Para as comunidades afro-brasileiras, indígenas e camponesas, atualmente a pandemia não é a única ameaça: o cenário de vulnerabilidade inclui a falta de saneamento básico, a escassez de água, relações de trabalho desiguais e da alta incidência de trabalho informal, a falta de acesso a serviços institucionais de saúde, o avanço do agronegócio e grandes empresas em seus territórios e muitos conflitos territoriais. Diante desse contexto, propomos fornecer instrumentos conceituais, legais e práticos sobre as relações entre tessituras culturais, formas de ocupação de espaços rurais, estruturação de identidades e lutas sociais correlatas ao processo de articulação político-institucional das comunidades tradicionais no mundo rural latino americano, percebendo a complexidade de distintas formações culturais, as principais violências que sofrem e os instrumentos de proteção territorial.
Público: lideranças e representantes de comunidades vinculadas ao Observatório Antropológico, à Multiversidade, gestores públicos e demais atores sociais interessados, mediante inscrição prévia, estudantes das Universidades parceiras.
Ministrantes: Convidados da área jurídica, da comunicação, antropologia e desenvolvimento rural
Vagas: 20 a 30
Conteúdo programático:
Instrumentos legais nacionais e internacionais de proteção de territórios
Fortalecimento de direitos coletivos
Troca de experiências comunitárias entre povos tradicionais e comunidades campesinas e suas respectivas organizações.
Carga horária: 5 horas
Ao final da oficina, espera-se que os/as participantes possam refletir sobre a diversidade cultural, a promoção da igualdade de oportunidades e a justiça social em situações de conflito territorial.
estudantes e servidores da Unila
Lideranças e representantes de comunidades indígenas, camponesas e afrolatinas, gestores públicos, estudantes e pesquisadores de outras instituições
cartaz evento programado
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