A adolescência compreende um período de grandes mudanças e descobertas nas mais diversas esferas da vida, constituindo assim um momento que produz impactos a curto, médio e longo prazo. Trata-se de uma fase em que traços de personalidade como a impulsividade (incapacidade de inibição e tendência para o envolvimento imediato em situações sem planejamento ou avaliação das consequências) e a procura de sensações (padrão de busca de sensações novas, desinibição e maior suscetibilidade ao aborrecimento) levam a uma maior disponibilidade para envolvimento em situações de risco. Em termos biológicos, essa propensão do adolescente e do jovem adulto se justifica parcialmente pelo fato de que o cérebro humano tende a completar sua maturidade por volta da terceira década de vida, especialmente no que diz respeito à região do córtex pré-frontal, área altamente envolvida na tomada de decisões. Entretanto, diversos estudos apontam para a natureza multifatorial na adoção de comportamentos de risco (aspectos pessoais e contextuais), bem como para o alto poder de influência dos atores sociais envolvidos no desenvolvimento dos jovens. Vale ressaltar que os comportamentos de risco são definidos como a participação em atividades com potencial para comprometer a integridade física e/ou mental do indivíduo, e, quando relacionados à adolescência, têm se dividido em três pilares fundamentais pela literatura: abuso de substâncias, sexo inseguro e alterações no comportamento alimentar. Assim, considerando o potencial transformador da educação, bem como sua capacidade de formar cidadãos que fogem do papel de reprodutores de comportamentos dominantes e padronizados, é que surge o projeto “Por que não...? – Conversando sobre comportamentos de risco”. O trabalho em questão pretende executar atividades teórico-práticas com o público adolescente e jovem adulto, visando esclarecer e explanar sobre a temática dos comportamentos de risco, utilizando o contato direto, ferramentas audiovisuais e um linguajar altamente acessível. As atividades ocorrerão de forma remota durante a pandemia do COVID-19, podendo alternar-se para a forma presencial (espaços intra e extrauniversitários), desde que haja segurança para todos os envolvidos.
adolescentes das escolas municipais
alunos da UNILA
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