2.2 RESUMO (máx. 20 linhas):
Para os povos indígenas a convid-19 é a nova marca da destruição da vida humana no planeta pelos próprios humanos, são as pegadas deixadas pelos “homens brancos”, em referência ao colonialismo, conforme destacou o indígena Davi Kopenawa Yanomami. Os indígenas sabem do que estão falando, são dramáticas experiências transmitidas por gerações, algumas sequer tiveram a chance de transmitir porque não restaram gerações. As epidemias foram levadas pelos invasores dos territórios indígenas, desde a colônia, e não pararam até o final do século XX. O colonialismo impregnou com suas doenças os povos indígenas no Brasil, provocando genocídios e etnocídios. São epidemias geradas pelos processos de violência, esbulho territorial e roubo das riquezas naturais desses povos. Atualmente o cenário se repete no Brasil, os indígenas estão sendo fortemente atacados pelo Covid-19 e neocolonialismo que invade suas terras e nega seus direitos. A singularidade do contexto indígena no Brasil, com a maior diversidade de povos e o maior número de povos em contexto de isolamento voluntário, é um indicador da necessitam de políticas específicas, fato que não tem ocorrido.
No Oeste do estado do Paraná, a população Ava-Guarani e Mbya Guarani foi afetada pelo Covind-19 e até a data do fechamento desse projeto eram 48 casos confirmados apenas na Tekoha Ocoy, onde vivem cerca de 900 pessoas em mais de 200 famílias num minúsculo espaço de terra. A Covid-19 interessou no Tekoha pelos trabalhadores Guarani no frigorífico de aves da Cooperativa Lar e se espalhou rapidamente.
Nosso propósito é produzir informações para os Guarani sobre como se prevenir e enfrentar a pandemia. Também produzir informações para a Unila e sociedade regional com o intuito de evitar a proliferação de preconceitos contra os Guarani.
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