O Grupo de Pesquisa ¡DALE! – DECOLONIZAR A AMÉRICA LATINA E SEUS ESPAÇOS foi criado em 2016 com o intuito desenvolver ações de ensino, pesquisa e extensão relacionadas ao chamado giro decolonial latino-americano – cujos/as intelectuais propõem a revisão e superação da modernidade-colonialidade embasadas no desenho de epistemologias combativas ao eurocentrismo e aptas à luta pela emancipação dos povos do subcontinente latino-americano.
O projeto ora apresentado se configura como o braço extensionista do grupo de pesquisa no que tange à formação voltada a temas, autoras e autores, epistemologias, abordagens e metodologias decoloniais. Parte-se de outras experiências anteriores bem sucedidas voltadas à difusão do saber decolonial.
No primeiro semestre de 2018, o grupo realizou uma leitura dirigida de textos decoloniais que foi aberta a quaisquer interessados/as – mas ainda não formatada formalmente como ação de extensão: na ocasião foram lidos textos relacionados ao principal conceito da epistemologia decolonial – a colonialidade. No segundo semestre do mesmo ano, a ideia de uma leitura e debate coletivos de textos decoloniais incitou sua transmutação em um curso formal de extensão, registrado na PROEX, com carga horária definida e certificação e coordenação dos docentes Leonardo Name e Marcos Britto. Tratou-se do curso de extensão “O lado negro do Renascimento”, ofertado pelo ¡DALE! e que lançou um olhar sobre o livro “El lado más oscuro del Renacimiento: alfabetización, territorialidad y colonización” (no original em inglês: “The darker side of the Renaissance: literacy, territoriality & colonization”), de 1995 e do filósofo argentino Walter D. Mignolo – talvez o nome mais conhecido do giro decolonial.
Em 2019, já pensado como projeto de extensão registrado na PROEX – inicialmente coordenado pelo docente Leonardo Name e, depois, pelo docente Gabriel Rodrigues da Cunha (com co-coordenação da professora Tereza Spyer), foram ministrados três cursos de extensão de carga horária total de 30 horas. Sob o título de “Insurgências decoloniais: geopolítica do conhecimento para outros mundos possíveis”, ele se propunha a um conteúdo mais amplo de temas e autores e foi conduzido como curso livre em Foz do Iguaçu (sob a tutela da UNILA) e em Salvador (com apoio da Universidade Federal da Bahia, particularmente dos grupos de pesquisa Laboratório Urbano e Laboratório Coadaptativo [LabZat], ligados aos Programas de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo e em Dança, respectivamente – ambos da referida instituição). Na Universidade Federal de Minas Gerais, recebeu-se a solicitação, atendida, para que o mesmo curso, com o mesmo formato, fosse ministrado como disciplina optativa do mestrado do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. O convite partiu dos grupos de pesquisa Morar de Outras Maneiras (MOM) e Laboratório Gráfico para Experimentação Arquitetônica (LAGEAR). Por último, uma versão do mesmo curso foi ministrado na UNILA no segundo semestre do ano passado (entre agosto e setembro) pelos docentes Gabriel Cunha e Tereza Spyer.
Consideradas essas experiências, a partir desta nova proposição por um lado, a exemplo do ocorrido em 2019, quer se aproveitar, em 2020, as especificidades relacionadas à condução da carreira de um membro da equipe executora – afastado em Salvador para Pós-Doutorado – para tentar garantir que os cursos presenciais não ocorram somente em Foz do Iguaçu, sede da UNILA, mas também em Salvador, Bahia. Por outro lado, reconhece-se a necessidade de uma oferta contínua não somente de cursos de extensão presenciais, mas de outros conteúdos – cursos online, seminários e colóquios online, divulgação de conteúdos por vídeos (videoaulas, videopalestras, videoconferências, entrevistas) ou podcasts (entrevistas, debates etc.), publicações online ou impressas (livros, revistas de linguagens mais acessíveis, manifestos, prospectos etc.
As ações de extensão nessa proposta descritas visam a atender, portanto, a essa variedade de conteúdos e execução nos dois municípios: Foz do Iguaçu-PR e Salvador-BA.
Os curso sempre terão o mínimo de 30 horas divididas em aulas em formato de debate – e, mais excepcionalmente, trabalhos de campos. Pensa-se, inicialmente e no caso de Foz do Iguaçu, em cursos uma vez por semana e à noite, no campus UNILA Jardim Universitário. No caso de Salvador, pensa-se em formato igual, provavelmente na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia.
Docentes, discentes e TAEs
Representantes de movimentos sociais ou ONGs, servidores/as de instituições públicas (sobretudo voltadas à educação), em especial nas cidades de Foz do Iguaçu-PR e Salvador-BA. Universitários/as de outras instituições. Docentes, TAEs e discentes da UFBA. Docentes de outras instituições de ensino (superior, básico, médio ou técnico).
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