Com foco em comunidades com vulnerabilidade socioeconômica e ambiental - Assentamento MST Companheiro Antonio Tavares, este projeto tem por objetivo aproximar o diálogo entre arquitetura, paisagismo e geografia, com vistas a uma proposta integrada de direito à habitação, direito à alimentação e direito à integridade do meio ambiente – alicerçado pela soberania e a segurança alimentares –, compreendidos como elementos essenciais para a produção de um habitat justo, capaz de prover os recursos e as condições para a sobrevivência e a regeneração socioambiental.
Se, por um lado, a arquitetura já conta com discussão teórica e prática mais ou menos farta que a relaciona ao direito à habitação – regularização fundiária e habitação de interesse social, por exemplo – e a geografia possui abundante discussão sobre os condicionantes tanto geobiofísicos quanto políticos, econômicos e culturais que moldam as paisagens, compreendidas em permanente transformação; por outro lado, nas duas disciplinas pouco se tem debatido sobre o acesso e a garantia de direitos humanos.
O projeto integra a linha de pesquisa Políticas públicas, território, direitos humanos e sociais do Grupo de Pesquisa Maloca, por isso, assume a necessidade de uma discussão espacial dos direitos à habitação, à alimentação e ao meio ambiente, partindo da premissa de que o Paisagismo Comestível é ferramenta capaz de relacionar o exercício profissional de paisagistas e a discussão sobre a paisagem dos geógrafos ao combate à fome e à produção de alimentos. Destaca, outrossim, o papel do Espaço Exterior Doméstico, que quando adaptado para integrar agricultura e agronegócio familiar, contribui para a segurança e soberania alimentar e nutricional da família enquanto produz um microclima agradável podendo levar à regeneração ambiental em espaços de vulnerabilidade socioeconômica e socioambiental. Deste modo, o projeto visa, por um lado, a utilizar e ampliar o referencial teórico em arquitetura, paisagismo e geografia, e por outro desenvolver pesquisa aplicada noLaboratório de Práticas Formativas e Participativas em Arquitetura e Urbanismo (LaPPRAU), e no Laboratório Modelo em Arquitetura e Urbanismo (LaMAU), ambos de caráter extensionista no Curso de Arquitetura e Urbanismo (C.f. UNILA, 2015), para debater a habitação, a alimentação e o meio ambiente como elementos determinantes nestas áreas científicas e que necessitam inexoravelmente ser valorizados para a produção de um habitat socioambientalmente justo.
Estudantes da UNILA
Comunidade Assentamento MST Companheiro Antonio Tavares
Transformação do Espaço Exterior Doméstico e subsistência familiar auto-organizada nos bai
Herdeiros da luta MST. Fonte_ Welligton Lenon, 2013
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