A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) nasceu em 1987 no município de Fortaleza-CE e foi criada pelo Prof. Dr. Adalberto Barreto, docente do Curso de Medicina Social da Universidade Federal do Ceará, com a intenção de solucionar, as necessidades de saúde daquela comunidade (BARRETO, 2010). Há mais de duas décadas de sua elaboração, a TCI tem se consolidado como uma tecnologia leve de cuidado em saúde mental que focaliza de forma inovadora na reorganização das redes de atenção à saúde, em especial da atenção primária à saúde (ANDRADE et al, 2009). Isso se dá por intermédio de ações baseadas na prevenção e na cura, as quais integram elementos culturais e sociais em prol do desenvolvimento biopsicossocial dos indivíduos e comunidades. Conceitualmente, a TCI é considerada uma ferramenta de construção de redes sociais solidárias, onde todos se tornam co-responsáveis na busca de soluções e superação dos desafios do cotidiano, num ambiente acolhedor e caloroso. Como alicerces teóricos, a TCI fundamenta-se em cinco os grandes eixos: pensamento sistêmico, teoria da comunicação, antropologia cultural, pedagogia de Paulo Freire e resiliência. Assim, a TCI – além de ser um espaço aberto para a troca de experiências e sabedorias – cria vínculos e resgata a autonomia dos indivíduos, por facilitar a transformação de carências em competências que os tornarão capazes de ressignificar momentos de dores e perdas (BARRETO, 2010). No contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), desde 2008, a TCI tem sido classificada como Prática Integrativa e Complementar (PIQ) de cuidado em saúde. Na prática, a metodologia da TCI está organizada em cinco fases que devem ser observadas a cada roda comunitária realizada: acolhimento, escolha do tema, contextualização, problematização e finalização. Cada roda comunitária constitui-se como processo terapêutico com começo, meio e fim. Vale destacar que a produção científica na área é prioritária, considerando que são raras as pesquisas realizadas sobre os desfechos da TCI na saúde da população (Guimarães et al, 2006; Holanda et al, 2007; Ferreira et al, 2009; Andrade et al, 2010), cujo enfoque são de natureza qualitativa. Assim, existe uma importante lacuna do conhecimento de estudos que associam diferentes abordagens metodológicas sobre o tema. Desta forma, presente proposta de projeto de extensão universitária visa a realização de Rodas de Conversa (Rodas de Terapia Comunitária Integrativa - TCI) sob minha condução e responsabilidade como Terapeuta Comunitário (ABRATECOM no. 1067) com a participação e acompanhamento de acadêmicos extensionistas bolsistas e voluntários do Curso de Saúde Coletiva e Medicina nos diversos espaços institucionais da UNILA, pertencentes aos Institutos (ILCVN, ILAESP, ILACH, ILATIT). Estes acadêmicos extensionistas estarão envolvidos no planejamento, preparação e condução das Rodas de Conversa (TCI) com o intuito perceberem a influência positiva que esta Tecnologia Social Leve pode trazer nestas coletividades assistidas. Além disso, perceberem que a doença vai muito além do viés orgânico, transitando pela psique e questões de ordem social de natureza complexa e intersetorial.
Discentes, docentes, TAES, Tercerizados
População em geral, usuários do SUS, entre outras pessoas interessadas na temática
Foto de Roda de conversa realizada na UNILA em 2016.
CARTAZ DIVULGAÇÃO DAS RODAS DE CONVERSA UNILA - 2016
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