Trata-se de projeto de extensão que pretende fortalecer a rede de atenção básica de saúde do município de Foz do Iguaçu com foco na gestante, puérpera e lactante. As Nações Unidas estabeleceram os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio nos anos 2000, tendo a melhora na saúde das gestantes e a redução da mortalidade infantil como objetivos a serem alcançados até 2015. O Brasil é signatário desses objetivos e vem buscando reduzir a mortalidade infantil como uma das principais prioridades das políticas sociais de saúde por várias décadas. Entre 1990 e 2007 houve queda importante na mortalidade infantil em todas as regiões do Brasil, especialmente entre a população mais pobre, devido à melhoria das condições socioeconômicas, de infraestrutura urbana e de saúde. A melhora na estrutura da assistência perinatal ajuda a evitar muitos óbitos infantis, o que fez com que o Ministério as Saúde implantasse uma estratégia em 2011, a Rede Cegonha, criando uma rede de atenção que garante acesso e resolutividade durante o pré-natal, o parto e o período neonatal. Os índices de mortalidade materna e infantil de Foz do Iguaçu vem registrando aumento no que diz respeito ao óbito materno e infantil do ano de 2012 para cá. Segundo relatório do Comitê de Prevenção da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal de Foz do Iguaçu, publicado em 2016, de 2012 para 2013, os óbitos de crianças com até um ano de idade subiram de 43 para 63. Em 2014 esse número se manteve alto (61 óbitos) e no ano de 2015 o número foi superior a 2012, chegando a 67 óbitos. Segundo o mesmo Comitê de Mortalidade Materna e Infantil, dos óbitos analisados em 2015, destaca-se que 52% foram em decorrência de afecções originadas no período perinatal, as quais estão relacionadas a qualidade da atenção ao pré-natal, parto e puerpério imediato. Quanto a mortalidade materna, no ano de 2014 ocorreram 02 óbitos maternos e, em 2015, 05 óbitos. Esta variação do número de óbitos representa um aumento de 150%, indicando situação de emergência da atenção e assistência à saúde materna, papel importante para ações de saúde coletiva. O coeficiente de mortalidade materna quintuplicou no período de 2012 a 2015, tendo o coeficiente de óbitos maternos passado de 22,77 em 2012 para 115,47 em 2015. O cálculo é feito dividindo o número de mortes maternas multiplicado por 100 mil pelo número de nascidos vivos. O Plano Estadual de Saúde do Paraná 2012-2015 (2013) aponta que na análise da série histórica do Estado de 2009 a 2011, em relação à mortalidade materna, em média 85% dos casos foram considerados evitáveis e 71% desses óbitos foram atribuídos à atenção pré-natal, puerpério e assistência hospitalar; 23% relacionados a causas sociais e 6% ao planejamento familiar e outros. No que se refere às causas de morte materna, as obstétricas diretas representaram, em média, 67,8% das mortes entre 2000 e 2008; 49,59% em 2009; 71,3% em 2010 e 60% em 2011. Essas causas dizem respeito aos óbitos decorrentes de complicações obstétricas na gravidez, parto e puerpério, incluindo intervenções, omissões, tratamentos incorretos ou uma cadeia de eventos resultantes de quaisquer dessas causas. Por essa razão, torna-se fundamental que a UNILA se debruce sobre a temática, colocando os conhecimentos da área da saúde a serviço da comunidade, auxiliando na redução desses índices por meio de ações multidisciplinares na própria rede de atenção básica que atende as gestantes. A proposta centra-se na criação de grupos de apoio a gestação, parto e aleitamento materno em Unidades Básicas de Saúde ou Unidades de Saúde da Família do município, com periodicidade semanal no acompanhamento da gestante, puérpera e lactante, visando fortalecer os objetivos da Rede Cegonha, no âmbito do Sistema Único de Saúde.
docentes, discentes e técnicos administrativos
comunidade em geral, profissionais de saúde, docentes e discentes de outras instituições de ensino superior, principalmente da área da saúde
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