A Organização Mundial da Saúde fixa metas decenais para estimular países em desenvolvimento a adotarem medidas visando ao aprimoramento de seus indicadores em saúde bucal. Para 2010, a meta da OMS era que 90% das crianças de 0 a 5 anos estivessem livres de cárie. Infelizmente, esta meta está longe de ser atingida: o “SB Brasil 2010” - maior levantamento em saúde bucal realizado no país - mostra, corroborado por centenas de estudos nacionais e internacionais, que há um forte fator de risco para a doença cárie em pré-escolares. Nesse sentido, é importante que se saiba reconhecer e modificar os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, já que os eventos ocorridos na infância podem impactar na vida adulta, determinando a condição futura de saúde bucal da criança. Frente ao reconhecimento da importância da efetivação de práticas extensionistas, o presente projeto de extensão tem como foco a educação, prevenção e a manutenção da saúde bucal em 104 crianças do CEI (Centro de Educação Infantil) Mamãe Carolina, em Foz do Iguaçú. Pretende-se primeiramente avaliar clinicamente cada criança, buscando o índice ceo-d (número de dentes cariados, perdidos e obturados), para conhecer a realidade em saúde bucal da população estudada. Com o resultado em mãos, serão iniciadas as ações de promoção, proteção e recuperação à saúde bucal pertinentes, envolvendo: os próprios estudantes, seus pais e familiares; a equipe do CEI (professores, pedagogos, direção, auxiliares, merendeiras e serventes) e a comunidade acadêmica. As ações propostas baseiam-se em: 1. capacitação teórica e prática em saúde bucal à equipe do CEI; 2. levantamento epidemiológico de saúde bucal nas crianças; 3. aulas/palestras/esclarecimentos aos pais; 4. atividades de educação em saúde bucal com as crianças e escovação supervisionada; 5. discussão do índice de saúde bucal encontrado e apresentação de resultados com toda a comunidade envolvida no projeto. O objetivo primordial é a promoção de saúde envolvendo o tripé escola-universidade-comunidade, além de propiciar aos acadêmicos de Saúde Coletiva uma nova vivência prática da atenção coletiva em saúde, promovendo ações de epidemiologia, prevenção com pais e mestres e redução aos danos bucais em pré-escolares, produzindo conhecimento e sensibilizando o poder público com a ação realizada e os resultados encontrados.
docentes e estudantes de saúde coletiva, técnicos administrativos em educação
104 estudantes de 2 a 5 anos do Centro de Educação Infantil Mamãe Carolina, pais e familiares das crianças e todas as pessoas envolvidas no trabalho diário do do CEI: 8 educadoras, 1 pedagoga, diretora, 2 merendeiras, 2 zeladoras e 3 irmãs da congregação cristã.
Fotos do CEI Mamãe Carolina e atividades com os estudantes
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