Universidade Federal da Integração Latino-Americana Foz do Iguaçu, 23 de Novembro de 2024

Visualização da Ação de Extensão


Ação de Extensão
Título: Cartografia do Devir no Quilombo de Apepu, Mapeamento de transformações sócio espaciais na arquitetura afro-brasileira
Ano: 2015 Nº Bolsas Concedidas: 1 Nº Discentes Envolvidos: 4 Público Estimado: 32
Período de Realização: 01/02/2015 a 31/12/2015
Área Principal: 3 - DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA Área do CNPq: Ciências Sociais Aplicadas
Unidade Proponente: INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE TECNOLOGIA, INFRAESTRUTURA E TERRITÓRIO Unidades Envolvidas:
Tipo: PROJETO
Municípios de Realização: São Miguel do Iguaçu - PR
Espaços de Realização: Quilombo de Apepu
Fonte de Financiamento: FINANCIAMENTO INTERNO (EDITAL PROEX 14/2014)
Url da Acão: https://sig.unila.edu.br/sigaa/link/public/extensao/visualizacaoAcaoExtensao/91793494


Resumo

O projeto de extensão “CARTOGRAFIA DO DEVIR NO QUILOMBO DE APEPU, Mapeamento de transformações sócio espaciais na arquitetura afro-brasileira” tem por objetivo promover a valorização das espacializações de matriz afro descendentes. Seu objetivo específico é promover o empoderamento da comunidade quilombola, mediante o reconhecimento e valorização de seus saberes e práticas cotidianas, em meio ao processo de transformação espacial que o quilombo de Apepu atravessa no momento. O quilombo de Apepu se encontra na zona rural do município de São Miguel do Iguaçu às margens do Parque Nacional do Iguaçu. O quilombo é composto por três núcleos familiares com cerca de vinte pessoas entre residentes e moradores transitórios. A comunidade se encontra em um processo recente de reconhecimento jurídico e simbólico como Quilombo e, devido a este fato, passa por um processo de aumento de fluxo de visitantes e início de atividades turísticas na área. O espaço construído de Apepu já não comporta todas as recentes transformações de atividades na área, existindo duas demandas principais por parte das lideranças comunitárias: Trata-se da construção de seis moradias para jovens que se encontram dispersos em cidades vizinhas, e desejam retornar ao quilombo, e a construção de um espaço de uso comum que serviria de local para festividades, esporádico atendimento médico e também centro de apoio aos visitantes. O projeto das novas moradias já se encontra consubstanciado dentro dos moldes do programa habitacional federal: “Programa Nacional de Habitação Rural” (PNHR). Tal programa possui parâmetros de gestão, exigências projetuais, padrões construtivos e ritos de aprovação e financiamento, padronizados para todo o Brasil, possuindo uma semelhança grande com o programa habitacional de caráter urbano: Minha Casa Minha Vida (MCMV). A extensão proposta visa acompanhar as transformações sócio espaciais derivadas da implantação desta intervenção assim como a realização de um estudo de impacto da intervenção no território quilombola. Segundo a previsão da entidade organizadora da intervenção, entidade esta articulada com as lideranças quilombolas, o cronograma de implantação da execução das casas será de Março a Setembro de 2015 ¹, compreendendo portanto o período de abrangência do edital PROFIEX 14/2014. O centro comunitário e de visitações não possui seu processo de execução plenamente consolidado, segundo os principais articuladores da intervenção, a Associação de Produtores de Agricultura e Pecuária Orgânicos de São Miguel do Iguaçu (APROSMI), à qual o quilombo de Apepu é associado, a construção deste equipamento será possivelmente realizada em 2015. A APROSMI atualmente enfrenta alguns desafios na implantação deste centro comunitário e esperao auxílio da universidade federal através deste projeto de extensão para fortalecer as articulações necessárias à construção do centro comunitário. A ação de extensão também se prestaria a realizar apoio aos diálogos necessários para o início da execução do centro comunitário.² A ação extensionista visa realizar um inventário das formas de morar enquanto suas características sócio espaciais no território quilombola, e um mapeamento participativo da apropriação do território. Através deste material será possível ter uma perspectiva analítica das transformações pelas quais a comunidade quilombola passa em sua dimensão sócio espacial. Um das premissas desta extensão é, portanto, problematizar os processos em curso no que tangem transformações no território. Todas as ações compreendidas dentro da extensão pretendem se realizar através de uma interface entre Academia e comunidade local. As lideranças comunitárias do Quilombo de Apepu serão envolvidas no planejamento, acompanhamento e gestão de todas as etapas da extensão proposta. A organização, sistematização e análise destes dados, assim como o processo de consultoria e estudo de impacto de intervenções planejadas, contribuirão para uma melhor organização coletiva da comunidade, com vistas a amparar a proposição de políticas públicas e exigências ao poder público ao atendimento de direitos relacionados a esta população usualmente discriminada, pois entendemos que a população afrodescendente no país, e suas práticas socioculturais, têm sido negligenciadas enquanto fundamentais na constituição dos diversos saberes nacionais. Ao mesmo tempo, os resultados da extensão aportarão importantes reflexões e avanços em arquitetura e urbanismo, isto é, sobre os hábitos de morar e de ocupar o território de grupos afrobrasileiros, uma vez que há efetivamente uma total ignorância acadêmica sobre o tema. No sentido de redesenhar o ensino na área, o curso de arquitetura e urbanismo da UNILA incluiu na sua matriz curricular diversas disciplinas relacionadas à questão, entre as quais “Arquiteturas Afro-brasileiras”, com a qual esta ação de extensão estabelece profundo diálogo. Ainda existe previsto na matriz curricular a disciplina de “Arquitetura VI”, disciplina prática de projeto de arquitetura cujo objeto de estudo é um equipamento institucional, pretende-se que este equipamento em questão seja o centro comunitário do quilombo de Apepu, mediado pela extensão que realizará a ponto entre comunidade local / estudantes da disciplina e articulará a demanda real dos quilombolas com o exercício acadêmico objeto da disciplina. O projeto de extensão relaciona-se também com o LaMAU - Laboratório Modelo de Arquitetura e Urbanismo, atualmente em fase de implantação e previsto no PPC do curso de Arquitetura e Urbanismo. Deste modo, o trabalho subsidiará a partir da realidade local, um debate fulcral na área acadêmica, com vistas a reverter o quadro de invisibilização e desvalorização das práticas espaciais afro-descentes no país, além de auxiliar na estruturação de um laboratório previsto no PPC em fase de implantação e disciplinas do curso. ____________________________________________________________________________________________________________________________ 1- Informações fornecidas pela entidade organizadora das construções através do PNHR, a CRESOL (Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária), órgão que atua em articulação com as lideranças comunitárias de Apepu, em entrevista cedida ao pesquisador em 30/09/2014 através da analista Katiane. 2- Segundo áudio-conferência realizada no dia 01/10/2014 com o coordenador da APROSMI, Adelar.


Públicos Alvo

Interno:

Discentes do Curso de Arquitetura e Urbanismo


Externo:

Quilombolas de Apepu e organizações sociais articuladas ao processo


Público Alvo Externo

Quilombolas de Apepu e organizações sociais articuladas ao processo



Membros da Equipe

  ANDREIA DA SILVA MOASSAB
Categoria: DOCENTE
Função : COORDENADOR(A) ADJUNTO(A)
  TIAGO SOUZA BASTOS
Categoria: DOCENTE
Função : COORDENADOR(A)
  CECILIA MARIA DE MORAIS MACHADO ANGILELI
Categoria: DOCENTE
Função : COLABORADOR(A)

  RODRIGO DA CUNHA NOGUEIRA
Categoria: DOCENTE
Função : COLABORADOR(A)
  SUSANA BEATRIZ ARRUDA
Categoria: DISCENTE
Função : ALUNO(A) BOLSISTA
  DIANA CAROLINA ROA MANCERA
Categoria: DISCENTE
Função : ALUNO(A) BOLSISTA

  NICOLÁS PEREYRA ALVEZ
Categoria: DISCENTE
Função : ALUNO(A) VOLUNTARIO(A)
  SUSANA BEATRIZ ARRUDA
Categoria: DISCENTE
Função : ALUNO(A) VOLUNTARIO(A)


Lista de Fotos

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